e dai...

SOCIALÍSMO OU BABÁRIE

SOCIALÍSMO OU BABÁRIE

ARTISTA

ARTISTA

I.R.C

I.R.C
P.F.C

Carlos Marighella

Carlos Marighella combinou os diversos talentos como quadro organizador, propagandista e agitador. Foi um dirigente partidário, um comandante guerrilheiro, um teórico e dono de uma coerência capaz de assumir todas as conseqüências de seus atos. Como bom militante, seus textos foram elaborados para enfrentar problemas e desafios concretos que se colocavam para a luta popular. Como revolucionário dedicou-se em cada tarefa que a revolução apresentou: tribuno parlamentar na Assembleia Constituinte; agitador em comícios e assembléias, redator de panfletos e artigos, editor, organizador sindical, formador de quadros, guerrilheiro e teórico militar. Enfrentou a tortura, supremo tormento que aflige todo o militante, e escreveu “Se fores preso camarada!”, orientando como se deve comportar ante o inimigo. Baleado pela ditadura, soube converter a tragédia numa ação de agitação e propaganda desmascarando o regime. Colocado ante o desafio das armas escreveu um texto que até hoje é estudado por academias militares pelo mundo. Caçado como “inimigo público número um da ditadura militar”, com a foto estampada em cartazes e revistas por todo o país, vivenciou todas as técnicas da clandestinidade, a privação do convívio com o filho e a família até a emboscada dos que se iludiram que podiam eliminá-lo. Herói revolucionário Como se vê, são muitos os resgates possíveis de Marighella para os atuais lutadores populares e para os do futuro. Quase impossível não se perder ante tantas possibilidades. Comecemos pelo resgate mais forte. Carlos Marighella é um herói. A força do herói é à força da coerência. Assumir as consequências, por maiores que surjam, para defender o direito à verdade. O mito do herói tem um poder de sedução dramática flagrante e, apesar de menos aparente, uma importância psicológica profunda para qualquer grupo humano. Em cada circunstancia histórica a imagem reconstruída do herói toma formas particulares que correspondem às necessidades do individuo ou grupo humano enfrentadas num dado momento. Este resgate tem sido um elemento fundamental na estratégia revolucionária dos povos. Marx diria de outra forma, com seu estilo inigualável: “Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade, em circunstâncias escolhidas por eles próprios, mas nas circunstâncias imediatamente encontradas, dadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas as gerações mortas pesa sobre os cérebros dos vivos como um pesadelo. E mesmo quando estes parecem ocupados a revolucionar-se, a si e às coisas, mesmo a criar algo de ainda não existente, é precisamente nessas épocas de crises revolucionárias que esconjuram temerosamente em seu auxílio os espíritos do passado, tomam emprestados os seus nomes, as suas palavras de ordem de combate, a sua roupagem, para, com esse
disfarce da velhice venerável e essa linguagem emprestada, representar a nova cena da história universal” . Essa "ideia-força" tem suscitado muitas reflexões. Martí, o autor intelectual da Revolução Cubana, Sandino, o General dos Homens Livres renascido na Revolução Sandinista, Zapata empunhado como bandeira no levante das selvas mexicanas que estragou a festa comemorativa do início do Nafta, Bolívar cuja espada foi ousadamente resgatada numa ação guerrilheira e depois devolvida, renascendo no processo revolucionário venezuelano e na construção da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba). Em cada um destes processos, quando parecíamos ocupados em revolucionar-se, a si e às coisas, mesmo a criar algo de ainda não existente, tomamos emprestados as roupagens, nomes e palavras de ordem de combate dos espíritos do passado. Nestes casos, os novos revolucionários apenas tomaram emprestado as “roupagens, nomes e palavras de ordem”? Não é tão simples quanto pode aparentar uma primeira reflexão. José Marti foi mesmo o autor intelectual da Revolução Cubana como revela Fidel Castro em seu Relatório ao 1º Congresso do Partido Comunista de Cuba e a construção da luta guerrilheira de Augusto César Sandino foi muito mais que uma inspiração para os jovens construtores da Frente Sandinista de Libertação Nacional como explicou Carlos Fonseca. Zapata confere uma necessária unidade na luta do povo mexicano enquanto projeto revolucionário. Tampouco é casual que o processo revolucionário venezuelano tenha como principal dirigente um militar que passou anos ministrando aulas aos cadetes sobre o pensamento de Bolívar. Em nenhum destes casos os novos revolucionários tiveram que falsificar uma história. Muito menos a utilizaram como simples máscara encobrindo o que já pretendiam fazer. Em todos, recolheram ensinamentos que lhes permitiram enfrentar os problemas do presente e conferir um sentido como a continuidade do passado. Estes ensinamentos existiam e contribuíram de forma decisiva para o enfrentamento de desafios políticos e militares surgidos em circunstancias bem distintas da época em que foram formulados. O elemento comum nestes casos é que o resgate dos ensinamentos não se limitou a buscar obter respostas diretas para perguntas que jamais poderiam ter se colocado no passado, mas tiveram a inventividade de obter respostas indiretas nos elementos essenciais que caracterizavam as idéias. Os novos sandinistas estudaram o pensamento de Sandino, suas táticas, organização e erros. Apropriaram-se dos valores éticos e dos conceitos políticos. Extraíram inúmeros ensinamentos que permitiram enfrentar problemas do presente, mas, simultaneamente, a luta revolucionária os obrigou a reinventar o sandinismo, muito vezes conferindo-lhe novos significados.
Inspiração na luta Importa é que sem mesmo entender os motivos, intuímos que necessitamos do exemplo de nossos heróis. Invocá-los em nossa mística para que possamos nos sentir sua continuidade, tomar emprestados os seus nomes, as suas palavras de ordem de combate, a sua roupagem. Uma resposta simples é que talvez nos ajudem a enfrentar o fantasma da inevitabilidade da morte e este seja o verdadeiro sentido de perceber-se um elo de sua continuidade. Seria tão somente nossa maneira simbólica de sermos eternos. Contudo, vimos que não são apenas roupagens e nomes. Em cada episódio revolucionário os heróis resgatados contribuíram com a força de suas idéias, quase sempre traduzindo o caminho para o problema central a ser enfrentado pelos novos revolucionários. Não pela mera repetição de seus atos e propostas, mas pela reinvenção que possibilitaram. Cada geração copia e reproduz sua predecessora até onde seja possível. Mas suas construções, ainda que se defrontando com novos desafios, mesmo implicando na transformação fundamental do próprio passado, continuam necessitando reproduzi-lo, mesmo quando o intuito central é transformá-lo. Aqui é preciso estabelecer o vínculo com o atual momento e os desafios colocados para os lutadores do povo. Enunciemos a questão: mais do que antes precisamos nos fortificar. Enfrentar os anos da ofensiva neoliberal nos debilitaram profundamente. Enfrentamos o desafio de reconstruir o horizonte e a força social da revolução a partir das poucas e valiosas energias que sobreviveram e suportaram a maior crise ideológica da história da luta pelo socialismo. A década de 90, marcada pela resistência, consumiu muitas energias para sobreviver ideologicamente. Neste momento, olhamos para o futuro e apontamos um novo período histórico se abrindo. Nossa construção, pacientemente edificada nos últimos anos, precisa reconhecer-se, reencontrar sua identidade e, principalmente a energia resultante deste encontro. Eis porque é fundamental resgatar a contribuição teórica, a coerência e o exemplo persistente de Carlos Marighella. No debate sobre o caráter da revolução, das alianças estratégicas, da definição do centro da tática, dos conceitos organizativos de um instrumento político revolucionário, encontraremos contribuições teóricas extremamente atuais. O legado de Marighella a ser resgatado e reinventado hoje é a capacidade de concentrar-se na conquista do poder, enfrentando as impossibilidades, por maiores que se coloquem, sem desviar um milímetro deste objetivo. Os que persistem no objetivo da construção do Projeto Popular, enfrentando uma conjuntura prolongadamente adversa, apostando na construção organizativa por meio do exemplo pedagógico, já são marighellistas, ainda que não tenham esta consciência. Resgatar Carlos Marighella é parte da paciente e complexa construção
da revolução brasileira. Percorrendo esse caminho encontraremos conceitos e exemplos que tem muito a nos ensinar. *Advogado e militante da Consulta Popular Revista sem terra número: 54 Fev/Mar 2010

quinta-feira, 31 de março de 2011

RAP E HIP HOP


Hip Hop para principiantes


Afrika Bambaataa (esquerda) e Kool Herc, pioneiros do hip-hop, no lançamento de “Hip-Hop Won’ Stop: The Beat, The Rhymes, The Life”, pela Smithsonian Institution, em 2006

Via e-mail, o auditor fiscal José Fernando Menezes, atualmente morando em Salvador (BA), relembra algumas de nossas presepadas durante as famosas "brincadeiras" na Cachoeirinha e aproveita para fazer uma provocação:

Mas meu caro Simon People, o hip hop está fazendo trinta anos e você ainda não deu uma notinha a respeito... Será que vosmicê resolveu renegar nossas origens black? As histórias, causos, chistes, whatever, estão muito legais, mas estou sentindo falta de novos textos sobre música negra da velha guarda. Quebra essa castanha, rapá!
Devagar com as fitinhas de Nosso Senhor do Bonfim, Zé Fernando, porque quem está completando 30 anos é um disco 12 polegadas que mudou o mundo da música – e não o hip hop.

A bolachinha em questão é Rapper’s Delight, uma música de 15 minutos do Sugarhill Gang. Aliás, ela não foi a primeira faixa do hip hop em vinil como muitos acreditam (o posto é de King Tim III, do Fatback Band).

No entanto, foi definitivamente o disco que fez o hip hop crescer, o trampolim para o sucesso de muitos garotos que nunca acharam que conseguiriam antes.

Baseada em outro clássico - Good Times, do Chic (o instrumental foi tocado de novo por outra banda, Positive Force, e, pelo menos oficialmente, nenhum sample da original foi usado) - consiste em três caras tagarelando sem parar (no Brasil saiu com o apelido Melô do Tagarela) sobre festas, carros, mulheres, hotéis, motéis. Pura diversão. Nem todo mundo estava feliz, no entanto.

Sylvia Robinson era uma dona de selo que chamou três caras sem ligação profissional com o mundo do hip hop - Big Bank Hank, Wonder Mike and Master Gee - para gravar a faixa. Quem estava na cena desde o começo de tudo ficou puto - como três fanfarrões estão vendendo milhares de discos?


Alguns ainda dizem que foi o dia em que o hip hop morreu, e que Rapper’s Delight sequer tinha alguma das principais características do chamado verdadeiro hip hop: “nenhum DJ fazendo a base para as rimas, nem rivalidade ou competição com outros grupos, nem perspectiva de shows ou plateias para entreter. (...) Levaram o hip hop das ruas pro mainstream, do palco pro estúdio, do centrado no público pro centrado no rapper, do ativo pro passivo” (verbete do Urban Dictionary).

Dizem também que um dos membros do Sugarhill Gang roubou versos de um dos rappers do Cold Crush Brothers para a faixa, e que o cara não ganhou nem grana nem créditos.

A questão é: certa ou errada, boa ou ruim, não fosse Rapper’s Delight e talvez não tivéssemos muito do que temos hoje na cultura do DJ, musicalmente ou tecnicamente.

Segundo: se os caras que estavam lutando antes achassem que eles mereciam a oportunidade, deveriam ter pensado comercialmente antes e tentado lançar em vinil, mas nenhum acreditou que isso poderia dar certo, pelo menos até esse disco ter sido lançado.

Aliás, a maioria deles teve sua fatia do bolo mais tarde, e como sabiamente disse Grandmaster Flash no livro “Last Night A DJ Saved My Life”, de Bill Brewster and Frank Broughton: “Fiquei tipo... ‘Droga, eu poderia ter sido o primeiro.’ Não sabia que a arma estava carregada assim. Estourou. Foi um enorme sucesso pra eles (...) Tudo bem, porque a gente viria depois... A gente tinha talento, eles não”. Alguém se atreve a discordar?

Mas mudando de chinelo pra tamanco, o movimento hip hop - historicamente - acaba de completar 35 anos agora em novembro. Esta história está devidamente destrinchada no meu livro “Funk – A música que bate”, lançado em 2002, que teve suas duas edições esgotadas aqui na taba e se transformou em bíblia sagrada dos moleques da periferia de Manaus.

Bom, mas como estou com preguiça de procurar o texto original para postar aqui no mocó, limito-me a transcrever uma saborosa reportagem do Israel do Vale, intitulado “Yo!” (a mais conhecida saudação do mundo black), publicado em janeiro de 2005, na revista Superinteressante, que praticamente esgota o assunto:


O hip hop não cabe em si. Das trilhas de novela ao top ten das rádios, das paradas de videoclipe às campainhas de celular, das principais premiações musicais a anúncios de marcas de cerveja ou de tênis, ele extrapola, dia após dia, a imagem desgastada de cultura de gueto e se torna figurinha fácil, onipresente, sutil ou abertamente.

Astros como Eminem cobram cachês na casa do milhão de dólares por um show. De acordo com a revista Rolling Stone, em 2003, ano em que não teve disco lançado, ele embolsou cerca de 20 milhões de dólares com turnês, discos anteriores, merchandising, entre outros meios – quantia que chega a quase um quarto dos 84,1 milhões de dólares faturados pelos Rolling Stones no mesmo ano.

Um dos mais vistosos fenômenos do rap feito por branquelos, Eminem enfileira controvérsias em sua carreira, com peripécias que incluem um processo aberto pela própria mãe contra ele e brigas públicas com gente como Michael Jackson.

Velho truque da indústria pop, a pose de menino mau ajudou seu disco mais recente, Encore (lançado em 2004), a superar, em dois dias, o que Britney Spears havia vendido em uma semana, na Inglaterra. Placar: 122 459 cópias para o bad boy e 115 341 para Britney.

Eminem é um sintoma da escalada do rap no mundo do consumo, como ilustra a guerra dos tênis. Gigantes como Nike, Adidas e Reebok travam batalhas inclementes usando popstars do rap no pelotão de frente das campanhas publicitárias. Há dois anos, por exemplo, a Reebok ganhou fôlego com a contratação de Jay-Z.

Pela primeira vez a campanha de uma coleção de tênis teve um rapper como protagonista. Conjugada a uma investida no mercado asiático, a ação ajudou a catapultar o faturamento da empresa para 3,5 bilhões de dólares em 2003, 11% a mais que em 2002.

E consolidou o espaço dos rappers com uma parceria com o fenômeno 50 Cent – que contabiliza 12 milhões de cópias de seu primeiro disco – para a linha de footwear G-Unit Collection by Rbk.


Ninguém tem dialogado nesse universo como Jay-Z. No Natal de 2003, o rapper ganhou uma edição especial do modelo 3300 do celular Nokia. Batizado de Black Phone, o aparelho chegou às lojas com faixas de seu Black Album, além de papéis-de-parede para o visor do telefone com sua imagem e mensagens com sua assinatura.

A publicidade é a ponta reluzente desse iceberg chamado hip hop. A expansão dos diferentes elementos que compõem a cultura de rua pela moda e o comportamento grita aos olhos num momento em que o rap é, nos Estados Unidos, a bola da vez da indústria da música – uma das armas de marketing mais eficientes de todos os tempos.

De acordo com estimativa da Riaa, a associação da indústria fonográfica americana, o rap perde apenas para o rock (que fatura 3 bilhões de dólares) e faz circular cerca de 1,5 bilhão de dólares por ano nos Estados Unidos – e isso apenas com a venda de discos.

A disseminação da cultura de rua vai muito além disso. O estilo largado das roupas, o jeito alargado de andar e gesticular, a cadência canto-falada das músicas, o tom reivindicativo das letras, o apelo social consciente, isso tudo transborda de um canto a outro, contamina aqui (na dança, nas artes visuais, no audiovisual) e influencia acolá (no trabalho das ONGs, no modelo pedagógico das escolas), até mesmo em círculos que sequer sabem o que diferencia hip hop de rap.

Conhecimento

O DJ Afrika Bambaataa e o videomaker Bob Bryan, durante um agito em Los Angeles

E o que distingue um do outro, afinal? Bem, o rap (junção das iniciais de rhythm and poetry, ou música e poesia) é a faceta musical do hip hop. E só. Parece óbvio, mas muita gente que ouve rap diz por aí que adora dançar hip hop. E não tem como. O rap é apenas um dedo entre os cinco da mão que balança o berço do hip hop.

É verdade que quando o berço foi construído falava-se em quatro dedos – ou, na linguagem do movimento, quatro elementos: DJ (responsável pelas bases da música) + MC (quem rima), o dedo musical, break, o dedo corporal, e grafite, o dedo visual.

Mas eis que, nos anos 80, o homem que deu sentido ao termo hip hop achou por bem ampliar o cardápio, enxertando um item novo que unifica todos os demais: o conhecimento.

Esse homem é Afrika Bambaataa, um dos nomes fundamentais no nascimento e, principalmente, na conceituação do hip hop. Ele, porém, não passaria no teste de paternidade do termo.

Criada por Lovebug Starski, a expressão hip hop (ao pé da letra, balançar os quadris) surgiu a reboque do jogo de palavras típico do rap. Era, à época, uma espécie de lema gritado ao microfone para inflamar a pista durante as festas.

Parece que foi ontem, mas o fenômeno acaba de completar 30 anos de idade, comemorados em Nova York, o grande pátio de escola em que os conceitos e a prática do movimento foram exercitados.

O marco simbólico, 12 de novembro de 1974, é a data do primeiro aniversário de fundação da Universal Zulu Nation, a organização criada por Bambaataa para disseminar o receituário mundo afora.


Desde que ele e seu colega Grandmaster Flash popularizaram o modelo de festa de rua que o jamaicano Kool Herc levou aos subúrbios nova-iorquinos em fins dos anos 60 e resolveram usá-lo para mediar os conflitos de gangues no bairro do Bronx (propondo que as disputas fossem resolvidas em combates de dança), nem as rixas nos guetos nem a música foram os mesmos.

Com o passar do tempo, alguns artistas saídos de gangues enveredaram pelo chamado gangsta, o estilo barra-pesada que começava em tiroteio verbal e muitas vezes ia para as vias de fato. E pelo menos dois nomes importantes morreram em decorrência disso na década de 1990: Notorius B.I.G e Tupac Shakur.

O tom dominante no rap nacional, no entanto, é o avesso do gangsta ou de sua face mais comercial, o “rap luxúria” que se vê em boa parte dos clipes americanos. Em vez da ostentação (carrões, correntes de ouro, mulheres mil), o foco é o da reivindicação de direitos e da denúncia social.

“É um discurso político da maior importância”, diz o produtor André Midani, ex-diretor da gravadora Philips e nome fundamental da indústria musical no país.

Talvez o melhor termômetro do alastramento do hip hop pelo Brasil seja a televisão. Artistas como o rapper carioca MV Bill, crítico ferrenho do abismo social, ou a dupla Helião e Negra Li, militantes do rap paulista engajado, ganharam visibilidade em programas como o Faustão.

“Um dos mais importantes artistas do rap nacional”, como disse o apresentador, Bill ficou no ar durante 40 minutos. “Nunca vi uma jovem liderança tanto tempo ao vivo na tevê, num programa que fala para 70 milhões de pessoas”, diz o antropólogo Hermano Vianna.

DJs e trancinhas

O legendário DJ e ícone do hip hop Grandmaster Flash divulgando seu primeiro álbum inédito nos últimos 20 anos, “The Bridge: Concept Of A Culture”, em fevereiro deste ano

Marco Aurélio Paz Tella, doutorando em antropologia pela PUC-SP, defendeu em sua dissertação de mestrado que a fase em que o rap era consumido apenas pela periferia – para a qual serve de voz – é parte do passado.

“De alguns anos para cá, os principais DJs de rap tocam nas casas noturnas de bairros nobres paulistanos como os Jardins, Vila Madalena e Vila Olímpia porque tem gente com dinheiro que consome rap”, afirma Marco.

A linguagem do hip hop transbordou para outros segmentos da música, do rock ao eletrônico. “O hip hop cria a cultura de DJs. A figura do DJ como entendemos hoje é oriunda do Kool Herc, do Grandmaster Flash, do Bambaataa, que desenvolveram a idéia de criar música a partir de dois toca-discos”, diz Eugenio Lima, DJ da Soulfamily e diretor do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, com trabalho voltado para o que chama de teatro hip hop – um cruzamento da pesquisa teatral brechtiana com os elementos da cultura de rua.

O uso de trancinhas coladas ao couro cabeludo mostra que as influências do estilo hip hop vão dos pés à cabeça. Característica dos astros do rap e do basquete americano, elas disseminaram-se no Brasil para além do circuito de iniciados. O estilo já extrapolou os limites raciais.

“Faço trança em japonês, loira, branco de cabelo liso, gente de qualquer tipo e de todas as raças”, diz Fátima Aparecida de Abreu, cabeleireira do salão e loja de roupas 4P, dos rappers KLJ (DJ dos Racionais MCs) e Xis. Com 20 anos de atividade na área, Fátima contabiliza hoje oito homens entre cada dez clientes que fazem trança.

A 4P, também um selo musical, funciona na meca da black music paulistana, a Galeria 24 de Maio, conhecida como Galeria do Rock, mas cada vez mais chamada de Galeria do Rap.


Síndico do prédio e comerciante no local há 30 anos, Antonio de Souza Neto, o Toninho da Galeria, afirma que foi ali que a cultura de rua tomou corpo em São Paulo.

“O pessoal se encontrava aqui e ia para o largo São Bento”, diz, em referência ao local onde as rodas de break ganharam popularidade, nos anos 80, depois do período embrionário na própria 24 de Maio.

“O hip hop saiu daqui, foi pra periferia e tomou o asfalto”, afirma. Toninho vê o movimento como “possibilidade de revolução cultural no país”. Na sua leitura, o rock tornou-se “pequeno em relação ao hip hop”.

Se o dedo musical amplia cada vez mais as suas influências, dança e artes visuais não ficam atrás. Fundador e coreógrafo da companhia mineira SeráQuê?, o dançarino Rui Moreira formou-se entre aulas de dança moderna e os bailes black de São Paulo e vê com interesse a absorção da dança de rua pela dança moderna e contemporânea.

Segundo ele, o gestual da rua se incorporou à dança no fim dos anos 60 a partir de coreógrafos americanos como Alvin Ailey. E, na década seguinte, houve um reflexo no trabalho de criação do Grupo Corpo, assim como no do Ballet Stagium, que incorporaram o que na época era chamado de jazz de rua.

“No cenário contemporâneo, os bailarinos buscam cada vez mais o diálogo gestual com os b-boys, como forma de ampliar as possibilidades de uso dos planos espaciais”, diz Rui.

Sinônimo de dançarino de break, o b-boy dá mortais, gira e rodopia dentro de parâmetros do vocabulário da dança de rua. Assim é também com os outros dois estilos principais da dança hip hop: o locking (movimentos que imitam um robô) e o popping (influenciado pelos passos do funk), um sistema de códigos corporais que se reproduz por todo o mundo.

“Cada um se destaca no seu estilo, como no futebol”, afirma Nelson Triunfo, mestre na dança de rua e pioneiro das jornadas empreendidas pelos b-boys nos calçadões do centro velho paulistano desde 1984.

Depois da grande visibilidade dos anos 80, oferecida pelos concursos em programas de auditório como o de Barros de Alencar ou por participações em humorísticos como Os Trapalhões, a dança de rua já não desperta o mesmo interesse na mídia, mas deixou como resíduo a incorporação, até hoje, de cursos de break em academias de dança voltadas para a classe média.

A vez do grafite


O vocabulário visual do hip hop também demarca seu espaço em outros territórios. Muito além das frases de protesto e das guerras de ego de adolescentes que carimbam com spray os muros, pontes e edifícios das cidades, a pichação e o grafite ganham respeito, deixam de ser vistos como “caso de polícia” e contaminam outras linguagens, como o design gráfico e a publicidade.

O esforço de compreensão do abecedário dos pichadores e das crônicas visuais dos grafiteiros rende estudos acadêmicos e projetos vinculados ao poder público, como é o caso do Guernica, focado em oficinas de arte, mantido pela Prefeitura de Belo Horizonte desde 1999.

“A pichação é uma escrita aparentemente sem memória e conteúdo, mas temos de aprender a ler essa escrita porque os jovens estão querendo dizer alguma coisa”, disse o prefeito Célio de Castro à época.

Desde então, o estigma deu lugar a aulas, ministradas por alguns dos “fora-da-lei”, e a prática dos murais públicos grafitados ganhou reconhecimento entre a população e as empresas – gerando parcerias que já resultaram em curtas-metragens ou em balões dirigíveis e totens estampados com a linguagem do grafite.

O hip hop atualizou, em versão urbana, uma prática secular. “O grafite existe há, no mínimo, 30 mil anos”, afirma Pedro Portella, autor do ensaio “Memórias Escritas da Cidade Inscrita”.

De acordo com ele, os aborígenes australianos sopram pigmento para contornar suas mãos nas grutas até hoje, como ocorreu em Lascaux, na França, e em algumas grutas da Patagônia.

“Eles dizem que muitas vezes fazem isso para expressar uma demanda, um impulso de criação, e não para assinar a parede da gruta, como pensavam muitos arqueólogos”, diz Pedro.

O trânsito do grafite pelo circuito de museus e galerias tem pelo menos duas décadas. O interesse pela linguagem das diferentes formas de intervenção visual que se multiplicaram pelas cidades alcançou seu ápice nos anos 80, nos Estados Unidos.

Bajulados por revistas como a respeitada Artforum, artistas surgidos nas ruas e estações de metrô, como Jean-Michel Basquiat e Keith Haring, ganharam notoriedade e foram rapidamente integrados ao circuito de marchands e galeristas. Não demorou para que a indústria cultural tomasse os signos e ferramentas da arte de rua para si.


Para o designer gráfico Rico Lins, que já fez trabalhos para a Time e a Newsweek, o uso dessa linguagem é bastante perceptível, “especialmente quando (o produto) é direcionado ao público jovem, na propaganda, em capas de livro, CDs, camisetas etc.”.

Rico vê forte ascendência da cultura urbana em geral – e do hip hop em particular – sobre seu estilo. “As pichações e grafites estão presentes em trabalhos que eu faço.”

Essa intersecção entre áreas levou a uma mutação no jeito de se fazer grafite. Se de um lado a origem “artesanal” e única da inscrição no muro proliferou e perpetuou-se, de outro as possibilidades técnicas de manipulação e circulação da imagem abriram novas frentes.

Conhecida como stencil art, a técnica de criar uma “fôrma” sobre a qual o spray era aplicado, muito usada na década de 1980, desembocou nos stickers, adesivos desenvolvidos muitas vezes em computador, com imagens e/ou mensagens, encontráveis em postes, latas de lixo e telefones públicos de centros urbanos.

A idéia? Disseminar o dedo visual do hip hop. Mas, também, estampar, com um grafismo peculiar e para todo mundo ver, que o hip hop ultrapassou qualquer gueto. Como se diz na quebrada: tá tudo dominado.

Roupas e acessórios


A popularização da moda de rua, a chamada street wear, feita de roupas tão grandes quanto as letras do rap, é o aspecto mais visível do impacto do hip hop. Basta contabilizar a lista de pesos pesados que têm suas próprias grifes.

Eminem é dono da Shady, 50 Cent sócio da G-Unit, e Andre 3000, do Outkast, lançou a Designs by Benjamin Andre. Eles seguem a trilha de rappers como Jay-Z, proprietário da Rocawear, e de Chuck D, do Public Enemy, que, nos anos 90, estampou o próprio nome em diversos modelos de roupa.

No Brasil, grifes como a 4P, de KL Jay e Xis, e a Ice Blue, do MC de mesmo nome, dos Racionais, ocupam seu palmo de terra no latifúndio black das Grandes Galerias, no centro de São Paulo, melhor termômetro de música, moda e comportamento jovem do país.

Essa vitrine musical acomoda apenas no piso inferior 75 lojas de roupas, discos, acessórios, artigos para grafiteiros e cabeleireiros. Quase tudo em torno do universo hip hop. “Roupas largas viraram sinônimo de visual moderno”, afirma o antropólogo Hermano Vianna.

Nino Brown, entretanto, dançarino das antigas, defende que a roupa não faz o monge. “Essa coisa de que tem que vestir uma roupa para ser do movimento, essa coisa da moda... Quem faz a moda é a gente”, diz ele, que não se sente à vontade com as calças largas típicas dos rappers.

Hip hop e educação


Considerada a primeira pesquisa acadêmica sobre rap publicada no Brasil, o livro “Rap e Educação”, organizado por Elaine Nunes de Andrade e lançado em 1999, apresenta textos de 14 estudiosos do assunto.

Uma das autoras, a educadora Ione Jovino, mestranda pela Universidade Federal de São Carlos com o tema “Escola e Hip Hop para Alunos Negros de Ensino Médio em São Paulo”, entende que o rap é cada vez mais absorvido por classes variadas, em escolas de fora da periferia.

“Desenvolvi uma metodologia com a linguagem do rap para trabalhar literatura, com a finalidade de sensibilizar os professores para essa cultura”, diz ela.

A diretora e coordenadora do Programa de Educação da ONG Geledés, Cidinha da Silva, vê na valorização da escola uma das grandes contribuições do hip hop para a sociedade brasileira.

Segundo ela, a busca do conhecimento por parte da juventude negra é a diferença fundamental entre o hip hop brasileiro e o norte-americano.

“O hip hop americano desvaloriza a universidade”, afirma. “Para eles, ler é coisa de branco.” Aqui, de acordo com Cidinha, isso não acontece. “É uma grande novidade essa valorização vinda da periferia”, diz ela.

Referência na luta pelo direito à educação para os jovens de periferia, o rapper Preto Ghóez, morto em acidente de carro em setembro passado, defendia o diálogo entre o hip hop e o poder público.

Da iniciativa do MC do grupo maranhense Clãnordestino surgiu o projeto de implantação de bibliotecas Fome de Livro na Quebrada – Preto Ghóez, já funcionando em oito capitais brasileiras.

Street dance


A dança contemporânea fala, cada dia mais, a língua da rua. Companhias como a hispano-francesa Montalvo-Hervieu construíram sua boa reputação com a mistura de sotaques e dançarinos de origens variadas – entre elas, da street dance.

Caminho semelhante é seguido no Brasil pela mineira SeráQuê?, do coreógrafo Rui Moreira, nome de primeira grandeza no elenco do Grupo Corpo nos anos 90.

“Comecei a dançar na rua, em rodas de break com os amigos”, conta o bailarino francês Rachid Ouramdane, que posteriormente se formou pelo Centre National de la Danse.

Focado na dança contemporânea, Ouramdane enverga no currículo dobradinhas com criadores de peso como a coreógrafa norte-americana Meg Stuart.

A adoção do hip hop pelo circuito tradicional de dança se expandiu no Brasil há pouco mais de dez anos com a criação da modalidade Dança de Rua em eventos como o Festival de Dança do Triângulo Mineiro e o Festival de Joinville.

“Em pouco tempo ela se espalhou por todo o Brasil”, afirma Fernando Narduchi, diretor da Cia. de Dança Balé de Rua, uma das mais respeitadas no segmento país afora.

Originário da cidade mineira de Uberlândia, o grupo é composto apenas por dançarinos autodidatas, formados pela escola pública das praças e calçadas.

No início deste ano, apresentou-se no festival francês Suresnes Cité Danse, um dos mais ativos na aproximação da dança contemporânea com o hip hop. Para Fernando, o break está se tornando uma área de especialização na dança, com códigos tão específicos quanto os do balé clássico.

O código da tribo


Gíria não tem certidão de nascimento nem endereço fixo. Os “manos” do rap que o digam. O que se supõe é que mano seja uma derivação de hermano, “irmão” em espanhol, que, por sua vez, remete a brother, termo usado com frequência pela música negra norte-americana desde a soul music, nos anos 60. Mas mano, hoje, é água corrente na boca de tribos variadas, de origem e condição social idem.

Para a professora de língua portuguesa Elaine Ferreira dos Santos, que defendeu em 2003 uma tese de mestrado sobre o discurso dos rappers, “a gíria tanto pode ser um instrumento de defesa da população marginal como uma manifestação de agressividade da juventude, um reflexo do conflito de gerações”.

Sua pesquisa começou com a percepção do uso de gírias em sala de aula. “Só depois é que fui identificar que isso vinha das letras de rap”, diz.

O estudo enfocou alunos da classe média de 16 a 17 anos. “Eles usam muito ‘mano’ e se cumprimentam com o aperto de mão característico dos rappers”, afirma a professora, em referência ao movimento de ir e vir com a mão sem apertá-la, puxando de leve os dedos e batendo os punhos fechados na altura do peito.

Funk Buia, MC do grupo paulista de rap Z’África Brasil e morador de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, acredita que há gírias “bairristas”, de sentido local, que soam estranhas quando faladas por modismo em qualquer lugar. Para ele, o pára-quedista de gíria acaba se denunciando: “Quando determinada expressão não faz parte da pessoa, dá para perceber que ela não é do movimento”.

Veja algumas das gírias:

Crocodilagem: traição
Entrar numas: se meter em confusão
Firmeza: tudo certo
Fita de mil grau: história muito bacana
Ganso: traidor, dedo-duro
Quebrada: bairro
Sangue-bom: camarada, boa gente
Treta: briga
Truta: amigo
Vacilo: erro, pisada na bola

Linha de tempo na conexão South Bronx-Brasil


Run-DMC no American Music Awards, nos anos 80. Da esquerda para a direita, Joe Simmons (Run), Jason Mizell (Jam Master Jay, 1965-2002) e Darryl McDaniels (DMC)
1969 – O DJ Kool Herc, jamaicano criado no Bronx, introduz nos EUA as disco mobiles, equipamentos móveis de som populares na Jamaica. Esse é também o ano do surgimento das gangues de break, promotoras de batalhas de dança em lugar das brigas entre rivais.

1972 – Kool Herc realiza a primeira block party, festa de rua que conjugaria os diferentes elementos do hip hop. No ano seguinte, Afrika Bambaataa funda a Universal Zulu Nation, base para a escolha do dia 20 de novembro de 1974 como dia oficial de nascimento do hip hop.

1978 – Fundação da Funk & Cia., a pioneira posse de break do ex-agricultor pernambucano Nelson Triunfo (ainda hoje na ativa) e de Nino Brown, entronizado por Bambaataa como King Zulu, o representante oficial brasileiro da Universal Zulu Nation.

1979 – O grupo norte-americano Sugar Hill Gang lança o primeiro disco de rap, com o sucesso “Rapper’s Delight”. Um ano mais tarde, Miéle grava “Melô do Tagarela”, versão em português que entraria para a história como o primeiro registro de um rap no país.

1982 – Bambaataa se populariza como artista solo e o rap de cunho social se consagra com o álbum The Message, de Grandmaster Flash and the Furious Five. As gangues de break começam a se reunir periodicamente na rua 24 de Maio, no centro de São Paulo.

1983 – Michael Jackson lança o álbum Thriller, fonte musical para coreografias apoiadas no moonwalk, o passo arrastado que ajudaria a popularizar o break e daria origem a concursos de dança em programas de auditório da TV brasileira como o de Barros de Alencar.

1986 – Public Enemy lança seu primeiro álbum, Yo! Bum Rush The Show, e se torna um dos grupos mais influentes do período. A dupla de rappers Run DMC lança o LP Raising Hell, que vende 2 milhões de cópias, um marco para a época.

1988 – Lançamento da coletânea Hip Hop - Cultura de Rua (selo Eldorado), primeiro vinil brasileiro de rap, com nomes como o dos pioneiros Thaíde & DJ Hum. Chega ao mercado Consciência Black, disco inaugural do selo Zimbabwe, que lançaria mais tarde Racionais MCs.

1990 – Inspirados no Public Enemy, entre outros, os Racionais MCs lançam o primeiro disco, Holocausto Urbano, e sacodem a periferia paulistana.

1992 – Snoop Doggy Dogg, gangsta-rapper californiano, estréia em The Chronic, de Dr. Dre. No ano seguinte, lança Doggstyle, um dos álbuns mais vendidos da história do rap. Gabriel, o Pensador estoura com “Tô Feliz, Matei o Presidente”, com referências a Fernando Collor de Mello.

1994 – Tupac leva cinco tiros à queima-roupa em Nova York, mas sobrevive. O atentado é atribuído aos rappers Notorious B.I.G. e Puff Daddy. A guerra entre rappers das costas leste e oeste dos EUA culmina com o assassinato de Tupac, em 1996, e Notorius B.I.G., em 1997.

1998 – Lançamento de Sobrevivendo no Inferno, dos Racionais MCs, recorde de vendas do rap no Brasil, com 500 mil cópias oficiais. O rap americano vende 81 milhões de discos, superando todos os demais gêneros nos EUA no ano.

1999 – Fundação da Casa do Hip Hop de Diadema (SP), a primeira no gênero criada pelo poder público, em parceria com a Zulu Nation Brasil. lançamento do CD Traficando Informação, do carioca MV Bill. Lauryn Hill, ex-Fugees, recebe cinco prêmios Grammy por disco solo.

2000 – Eminem lança The Marshall Mathers e vende quase 2 milhões de cópias em uma semana. Mallokeragem Zona Leste (BMG), do Doctor’s MCs, é o primeiro disco de rap feito por uma multinacional no Brasil. O clipe “Isso Aqui É uma Guerra”, do grupo paulistano Facção Central, é censurado.

2002 – Lançamento do quinto disco dos Racionais MCs, Nada Como um Dia Após o Outro Dia. O rapper paulistano Xis participa do reality show “Casa dos Artistas”, no SBT. No ano seguinte, Sabotage, um dos grandes renovadores do rap nacional, é assassinado em São Paulo.

2004 – Expoentes do gangsta rap americano, Snoop Doggy Dogg e Ja Rule vêm ao Brasil para o megafestival “Hip Hop Manifesta”. O fenômeno americano 50 Cent faz show no estádio do Pacaembu. Marcelo D2 ganha três prêmios no Video Music Brasil da MTV

Para saber mais


Rap
O jamaicano Kool Herc é tido como o introdutor do conceito do rap nos EUA, a partir da transposição das disco mobiles (equipamentos de festas itinerantes) para o território americano. Afrika Bambaataa e Grandmaster Flash foram os grandes divulgadores do ritmo.

Na locadora:
Wild Style - Charlie Ahearn, EUA, 1982
Colors - As Cores da Violência – Dennis Hopper, EUA, 1987
Faça a Coisa Certa - Spike Lee, EUA, 1989
Aqui Favela, o Rap Representa - Junia Torres e Rodrigo Siqueira, Brasil, 2003

Na livraria:
Rap e Educação, Rap é Educação - Elaine Nunes de Andrade, Summus/ Selo Negro, Brasil, 1999
Ego Trip’s Book of Rap Lists - Sacha Jenkins et al, St. Martin's Press, EUA, 1999
The Vibe History of Hip Hop - Alan Light,Three Rivers Press, EUA, 1999
Funk: a música que bate – Simão Pessoa, Editora Valer, Brasil, 2000

Na internet:
Decifrando o DNA do Hip Hop - Parte 1 a 5
Decifrando o DNA do Hip Hop - parte 6 a 10
Decifrando o DNA do Hip Hop - Parte 11 a 15
www.bocadaforte.com.br
www.realhiphop.com.br
www.planet-hiphop.com
www.lehiphop.com

Break
A versão mais difundida afirma que o break foi uma resposta artística à enorme quantidade de soldados norte-americanos que voltavam mutilados da Guerra do Vietnã. Passos e gestos quebradiços fariam referência também à crescente robotização das linhas de montagem na indústria, que começara a gerar desemprego massivo.

Na locadora:
Warriors – Os Selvagens da Noite - Walter Hill, EUA, 1979
Flashdance – Em Ritmo de Embalo - Adrian Lyne, EUA, 1983
Beat Street - Stan Lathan, EUA, 1984

Na livraria:
Break Dancing - Terry Dunnahoo e Robert Sefcik, First Books, EUA, 1985
Breakdance: Hip Hop Handbook - Jairus Green, David Bramwell, Street Style, EUA, 2003

Na internet:
www.battleoftheyear.net
www.b-boys.com
www.batalhafinal.com.br

Grafite
Surge em fins dos anos 60, em Nova York, inicialmente como pichação. A disseminação de assinaturas – chamadas de tags – pelas paredes das cidades é atribuída a um americano de origem grega chamado Demetrius, conhecido pelo pseudônimo Taki 183.

Na locadora:
Style Wars - Tony Silver and Henry Chalfant, EUA, 1983
Through the Years of Hip Hop, Vol. 1 - Graffiti - EUA, 2001

Na livraria:
O que É Grafite? - Celso Gitahy, Brasiliense, Brasil, 1999
Graffiti World: Street Art from Five Continents - Nicholas Ganz, powerHouse, EUA, 2004
Street Logos - Tristan Manco, Thames & Hudson, Inglaterra, 2004

Na internet:
www.graffiti.org
www.at149st.com

Discos internacionais:

Rapper’s Delight, Sugarhill Gang, Sugarhill, 1979
Planet Rock, Afrika Bambaataa, Tommy Boy, 1982
It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back, Public Enemy, Def Jam, 1988
2Pacalypse Now, Tupac Shakur, Death Row/Interscope, 1991
Licensed to lll, Beastie Boys, Def Jam, 1986
3 Feet High and Rising, De La Soul, Tommy Boy, 1989
Quality Control, Jurassic 5, Interscope, 2000
The Marshall Mathers LP, Eminem, Interscope, 2000

Discos nacionais:

Hip Hop Cultura de Rua, Vários, Eldorado, 1988
Pergunte a Quem Entende, Thaíde e DJ Hum, Eldorado, 1989
O Som das Ruas, Vários, Chic Show, 1988
Sobrevivendo no Inferno, Racionais MCs, Cosa Nostra, 1997
Traficando Informação, MV Bill, Natasha Records, 2000
Rap é Compromisso, Sabotage, Cosa Nostra, 2001
Antigamente Quilombos, Hoje Periferia, Z’África Brasil, Paradoxx Music/Rapsoulfunk, 2002

CHE.........................

CHE.........................

Os que lutam…

Postado em Manifestos em março 26, 2010 por Movimento Hip-Hop Chapecó

“Há aqueles que lutam um dia, e por isso são bons;

Há aqueles que lutam muitos dias, e por isso são muito bons;

Há aqueles que lutam anos, e são melhores ainda;

Porém há aqueles que lutam a vida toda; esses são os imprescindíveis.”

Bertold Brecht

Lançamento da Associação de Hip-Hop de Chapecó

Postado em Manifestos em março 18, 2010 por Movimento Hip-Hop Chapecó

12 de setembro de 2009 - Câmara dos Vereadores - com a presença de lideranças do Hip-Hop de três estados do país

Presentes no evento Gasp-a do RJ (militante da Luta Armada e membro do Quilombos Urbanos); o grupo de Rap Inquérito de SP (Renan participou do debate) e do RS, representando a Nação Hip-Hop Brasil, Mano Oxi

Manifesto! Das ruas de Chapecó para o mundo…

Postado em Manifestos em março 18, 2010 por Movimento Hip-Hop Chapecó

Expressão! Tem muita gente querendo falar!

Nosso movimento surgiu das ruas, praças, das periferias e dos campos, não somos delegados por ninguém, todos tem voz ativa!

Expressamos as periferias e denunciamos através da produção cultural, sem maquiar, apontando as injustiças e a desigualdade social. A opressão do sistema é a causa de nossa luta. A hora da revanche! Poder popular, a voz do oprimido, se livrando das algemas, conspirando contra o sistema e unindo a favela inteira. Enquanto nossos direitos são negados é o nosso povo que está sendo massacrado com baixos salários, detenção, falta de instrução, exclusão.

Devemos SER muito mais do que uma massa de excluídos, somos o povo, somos quem produz a riqueza, e quem fica com ela, quem tem o acesso aos meios de produção? Latifundiários, multinacionais, transnacionais… Somos roubados!

Por isso, devemos nos organizar, somos o Hip-Hop e reivindicar é a nossa cara. Com nossa musica, dança, nossa arte, nossa forma de expressão, essas são as nossas armas.

A nossa rima narra, denuncia, afronta e questiona…

Nossa dança imita as guerras e as batalhas do dia-a-dia…

O grafitti imita a vida, pela arte…

O DJ risca até umas hora…

Na quadra de terra, o basquete e o futebol…

Na pista, o skate…

Nunca esquecemos, protesto!

As ruas foram nossas escolas, queremos ver a mulecada estudando, não pedindo esmolas…

Invadiram as terras, massacraram os índios, expulsaram o caboclo, porque resistir? Deixar que fiquem com tudo? É a luta de classes, é Davi e Golias, onde o maior pisa no menor, devemos resistir, grande é nossa força e infinita é a nossa coragem…

Aí sangue bom, junta tuas armas e se prepara para a guerra, não espera clarear o dia, a hora é agora.

Diretamente dos becos e vielas…

MH2C

Bruxo, grafiteiro do MH2C, grafitando no ato SEMIMARXISTA da Consulta Popular onde esteve presente o dirigente nacional do MST João Pedro Stedile.

Manifesto Contra a Anistia aos Torturadores


A Associação Juízes para a Democracia encaminha o link da petição pública elaborada pelo Coletivo de Mulheres pela Verdade e Justiça e Familiares de Mortos e Desaparecidos, como instrumento de manifestação e de propostas de mudanças do projeto de lei 7376/2010, em tramitação na Câmara dos Deputados.
É necessário uma Comissão que revele a verdade histórica, o esclarecimento dos fatos e as responsabilidades institucionais, à semelhança do que vem ocorrendo no âmbito internacional, para que a Justiça se afirme e se consolide a cultura de respeito e valorização aos direitos humanos.
Caso queira participar, acesse o link, assine a petição preenchendo os seus dados e repasse para seus contatos pessoais, o mais rápido possível, pois em breve haverá deliberação na casa legislativa.
Como dizem sábias mulheres: "A luta que se perde é aquela que se abandona".

Contexto livre

Confira aqui os posts do

O mito do torcedor violento

Blogs substituem jornais na cobertura

ABI critica "delírio fascistoide" e "totalitarismo" de Ricardo Teixeira

Para urbanista, política de Kassab é 'sórdida' e Maluf 'é bonzinho' perto dele

Poeminha pós moderno

José Serra e Abilio Diniz: a onipotência derrotada

A Marselhesa

Dia Mundial do Rock

A censura dissimulada

Os Otavinhos

Amanda Gurgel - Para onde está indo o dinheiro da educação?

Carlos Latuff: Prêmio de Melhor Charge

A droga da mídia

Algo de novo sob o Sol

Nota de pesar da presidenta Dilma Rousseff

Garotinho sem noção

Charge online - Bessinha - # 698

Sem jovens, Igreja Anglicana acaba em 20 anos

Crescimento econômico estimula doméstica a mudar de emprego

Começa nova perfuração do pré-sal em Santa Catarina

A "ideologia parlamentarista" na América Latina

Rupert Murdoch quer vender seus jornais britânicos

Jobim, o indefeso, sitiado por idiotas

Alianças caras com partidos baratos

Cade deve suspender compra da Webjet pela Gol

Ações de transparência nos gastos do Brasil são exemplo, diz Hillary Clinton

Em entrevista, Obama cogita não pagar previdência e pensões em agosto

Fifa define: Itaquerão fará a abertura da Copa de 2014

Megadesapropriação retira 45 mil de área nobre em SP

Fatos e Documentos

Superfaturamento em Barueri-SP

Manifesto da campanha pelo Estado da Palestina Já!

Charge online - Bessinha - # 697

“O socialismo é uma doutrina triunfante”

Paraguai extradita “criminoso dos bebês” argentino

Gol anuncia fusão de barrinhas de cereal com saquinho de amendoim

Cientistas acham tipo de gonorreia resistente a todos os antibióticos

Pagot detona a Veja e o PIG

Dilma faz a coisa certa: dá um murro na mesa

O novo Passos de Dilma

Abuso de poder na comunicação em Pernambuco

WikiLeaks: A embaixada e a mídia

Estudo: homens que lavam a louça têm melhor vida sexual

Charge online - Bessinha - # 696

Audiência da Globo cai 24% em todo o país

Novo termo de serviço do Yahoo! permite a leitura dos emails

Ex-governador pega 16 anos por desvio na folha de pagamento. Ele vai para a cadeia?

"Se dependesse da TV Globo, eu estaria morta", diz colega de Tim Lopes

Promotoria: Governo de SP transgride a lógica do SUS

Corregedoria diz que repórter foi alvo de armação da policia paulista

Correa mantém processo judicial contra jornalista

'Fizemos nosso melhor até o fim', diz ex-repórter do News of the World, demitido por email

Rio Grande: Fepam concede licença de instalação ao Oceanário Brasil

WikiLeaks: Proibição ao aborto é “lei que não pega”, diz embaixada

WikiLeaks: Lembo teria cogitado visitar a Bolívia para atrapalhar reeleição de Lula

Ulbra lança projeto "aprovação sem matrícula"

SP: TV Minuto retira vídeos de Chalita do YouTube

Diana Krall

Charge online - Bessinha - # 695

Alckmin faz campanha pra Chalita e obriga Serra a ser candidato

Tucanos detonam a TV Cultura

Serra acabou, a intolerância persiste

Democratização ou interesses privados?

Jornais de Murdoch espionavam ex-premier inglês

O que temos a ver com a fusão Pão de Açúcar e Carrefour?

Lessa detona Abilio Diniz

Insaciável, Casino quer mais do Pão de Açúcar

“Meia noite em Paris” ou em nossa alma

Cole Porter

UE faz reunião de emergência em meio a temor sobre crise na Itália

Propriedade cruzada: lá e cá

Happy Birthday Mr. Teacher DiAfonso

Funcionários de Luciano Huck impedem acesso à praia

O que a Globonews não contou

“A opinião pública já não se forma nos jornais”, diz Cebrián

Homem foge após tentativa frustrada de assaltar Michel Temer em São Paulo

John Lennon

MG: Prefeito de Paraopeba diz que vai se entregar nesta segunda-feira

Igreja Universal dá a dizimista diploma assinado por Jesus

Edzard Ernst: “A homeopatia não tem efeito algum”

WikiLeaks: EUA por trás do combate à pirataria no Nordeste

Religiosidade sem preconceito

Charge online - Bessinha - # 694

Romário recusa teste do bafômetro e perde carteira no RJ

WikiLeaks: EUA criticaram preconceito contra comunidade gay no Brasil

Você sabe quantos deuses têm a história parecida com a de Jesus?

Zezé Perrella: Campeão de ausências anda em jato próprio

Nosso Presidencialismo

Quem autorizou?

Perguntas de 'O Globo' e respostas do ministro Paulo Bernardo

YouTube de cara nova

Charge do Alpino

Jesus te ama

Israel "IZ" Kamakawiwo'ole

Uma Fraude chamada Madre Teresa

Nossa Língua - De onde vem o verbo deletar?

Vitória me fez menor e também me possibilitou ser maior

Os calotes do bispo

Folha: Imprensa Criminosa

A desgraça do jornalismo

O “Marinho mundial” em maus lençóis

Asesinan en Guatemala al cantante argentino Facundo Cabral

Marina Silva será revendedora da Natura

Charge online - Bessinha - # 693

Irmão de prefeito do PSDB é preso por assassinato de blogueiro no RN

Casas de prostituição e seus reflexos nos direitos trabalhistas

Relatório conclui: houve golpe de Estado em Honduras

9 de julho: São Paulo precisa de uma revolução de verdade

Deputado tucano insulta professores

WikiLeaks: EUA se preocuparam com modelo anti-Aids brasileiro em Moçambique

Charge online - Bessinha - # 692

Lei de prisões reforça sentido garantista do juiz

A rebelião dos homens

Sérgio Cabral viaja em bondinho de Eike Batista

Tucanos adoram a: Paternidade Impossível

'Vou não, posso não'. Seu histórico não deixa não, vai criar 'constrangimento' sim.

'Sem desmerecer as mulheres, aqui é lugar para homem', diz vereador

Justiça manda interromper libertação de trabalhadores no MS

Ex-porta-voz de Cameron é libertado após pagar fiança e depor por 9 horas

A Pergunta

E se Marina fosse a presidenta?

Gol fecha a compra da Webjet por R$ 310 milhões

Aguardo o julgamento do STF com serenidade

Após escândalo com Murdoch, premiê britânico promete regras para imprensa

Tirando o sofá da sala

Os eixos da política externa brasileira

Acabo de sair da Folha Metropolitana a pedido de dois deputados tucanos

Rafinha Bastos é alvo do Ministério Público

FAO culpa Brasil por aumento de preços de alimentos

Porque é importante o ContextoLivre

PM de SP matou 132 pessoas em 3 meses; ninguém foi punido

A Internet nunca substituirá o jornal

Preconceito, Ignorância, Homossexualidade

Charge online - Bessinha - # 691

Não é só o euro, mas a democracia que está em jogo

Marina Silva e a decepção verde

Carro voador é liberado para uso nos EUA

"News of the World" deixará de ser publicado por escândalo de escutas ilegais

Políticos ignoram técnicos e manobram para emplacar trem bilionário em Cuiabá

Jaraguá do Sul - SC

Charge online - Bessinha - # 690

"Senta aqui, Bolsonaro!"

Rede Globo detona Segurança Pública tucana

Quando o PIG vier entrevistar você!

E tem gente que critica o MEC!

Os intelectuais midiáticos, esses especialistas em mentira

Megan Fox

O silêncio dos inocentes

Mano exige Rogério Ceni no gol do Paraguai

Presidenta Dilma inaugura teleférico do Complexo do Alemão

Serra defende “moralidade” que não praticou

Eike cria programa de milhagem para Cabral

São José dos Campos abrigará sede da nova agência espacial do governo

Vai privatizar? Audiência e receita da TV Cultura (do PSDB) desabam

Comissão da Verdade: estratégia oficial divide deputados e parentes

Charge online - Bessinha - 689

Ricardo Teixeira faz pouco caso de acusações: 'Caguei'

Havelange e Teixeira: US$ 10 milhões para escapar

Inquérito britânico sobre sedes da Copa acusa Fifa e Blatter

O preconceito moralista contra o São João e a cultura popular do Nordeste

Falsificações da Revista Veja sobre a Universidade de Brasília

WikiLeaks: Jarbas Vasconcelos ‘previu’ que Lula não terminaria segundo mandato

A institucionalização da política de assistência social no Brasil

Publicis está prestes a fechar compra da DPZ

Ministro dos Transportes cotado para o Ministério da Pesca

A falta de seriedade de O Globo

Facebook e Twitter vão multar quem reclamar do frio

O ensino jurídico e o exame da OAB: alguém está cuspindo no prato que comeu!

Liderança gay pede cassação do registro de psicólogo de Malafaia

Igreja Anglicana

Outro mundo teria sido possível

Simpatia e Identidade Partidária

Israel "IZ" Kamakawiwoʻole

Blogueiro faz festa!

Relatório recomenda aos EUA apoio ao Brasil por vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU

Ministro a serviço de um partido

Cai o ministro dos Transportes

Macaco rouba câmera de fotógrafo e faz um autorretrato 'sorridente'

Rede Globo perde 8% do ibope em todo o país; concorrentes crescem 2%

Atenção historiadores! Senador tucano é contra a regulamentação da profissão

Manifesto Contra a Anistia aos Torturadores

Portugal caminha para ser a nova Grécia

Aécio não deixa os amigos na chuva…

Explosão de bueiros no Rio! O culpado tem nome e endereço: Aécio Neves

Deputados pedem ao MP-SP para apurar rombo de R$ 147,18 milhões nos hospitais gerenciados por OSS

Charge online - Bessinha - # 688

Aliado de Aécio diz que Serra está doido!

Comparato pede apuração criminal do sumiço de documentos sigilosos anunciado por Jobim

O Mestre de Palocci aumentou patrimônio em 86.500%!

O crime não é sólido, nem líquido, nem gasoso, nem animal, nem vegetal...

Dilma defende investimentos em usinas hidrelétricas

PM de São Paulo nega ter havido abusos. E você diz o que?

Programa de Tiago Leifert derruba Globo para 3º lugar

Presidenta Dilma decide que Pagot não voltará de férias

O brasileiro gosta de uma teoria da conspiração

#6deJulhoCUT

Manifesto por direitos às domésticas

ABIN identifica as ONGs estrangeiras que boicotam Belo Monte

Charge online - Bessinha - # 687

Em Porto Alegre: A primeira campanha ateísta do Brasil

Padres acusados de pedofilia vão a júri em Alagoas

O PRI prepara sua volta ao governo do México

Os pais do Plano Real

Espectador sobe no palco e agride o comediante Ben Ludmer em SP

O martelinho de Serra e os bueiros explosivos

Motociclista é multado "por conduzir sem cinto de segurança"

Sobre o conceito de cultura

Nova lei de licitações: onde estão os ‘moralistas’ agora?

Médica acreana presa em Pernambuco

Prisão só para crimes graves

BNDES, a jóia da coroa

Charge online - Bessinha - # 686

Professora Amanda Gurgel recusa prêmio do PNBE

Polícia usa sal para retirar excesso de gelo de rodovia de SC

Kassab: 20% de aumento; secretários: 250%; servidores municipais: 0,01%

WikiLeaks: Para EUA, assembleia de Brasília é “refúgio de canalhas”

No aniversário de FHC, Nelson Jobim joga seu cargo no ventilador

Bom dia, professora, como vai?

Deputada Ângela Sousa quer calar o Blog do Gusmão, de Ilhéus

Entrevista com Pettersen Filho, blogueiro ameaçado de morte

Estado laico cobrando multa de biblioteca que não disponibiliza Bíblia?

Vaticano: poucos padres e pouco celibato na América Latina

Padres, orgias e baladas

Ação Entre Amigos

"A morte lhe caiu bem", diz Cantanhêde sobre Itamar

A cara de pau tucana com o BNDES

O “mico” autoritário de José Serra

Charge online - Bessinha - # 685

"Cerra" penetra no enterro de Itamar. E quase fica lá

WikiLeaks: As conversas da embaixada com a ministra Dilma

Dia Nacional de Mobilização

Mundo Virtual

O Brasil e a sua guerra particular

Deputado cria campanha por mudança de nome de aeroporto

Pela 1ª vez, ministro do STF defende criminalização da homofobia

Ofensiva diplomática de Lula en Africa

Jornalista britânico que investiga Fifa vê interesses por trás do Fielzão

Charge online - Bessinha - # 684

Cabral isentou casa de vinhos usando lei sobre cesta básica

Escuta Essa

Laico?

Porto Alegre: Carro do Google não pode circular pela rua Olavo Bilac

Cielo culpa FHC por doping

A única esperança de Serra: a vitória do esgoto na política

Itamar, primeiro e único, queria PT no governo

Em busca do pastor assassinado

Credibilidade da blogosfera reconhecida também pelos executivos da comunicação

MTV usa logo da "Falha" e enterra de vez o "argumento" da Folha!

Estadão mente e Petrobras desmente

Entrevista com Itamar Franco

Itamar Franco: um honrado patriota

Prefeito de Curitiba persegue Guarda Municipal

Fogo sobre o Mármara

Suplente do senador Itamar Franco tem patrimônio invejável que o TRE desconhece

Chimarrão causa doping de Cielo

Charge online - Bessinha - # 683

Dilma age com a energia. Já a Veja…

Mensagem de Anonymous aos meios de comunicação de massa

Itapior: a metralhadora tucana

Charge online - Bessinha - # 682

Libertad Lamarque

Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - Madonna

Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - Isaac Karabtchevsky

Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e Yamandu Costa

PSOL homenageia FHC e diz sentir falta de Paulo Renato

Reviravolta: FHC é pai de Strauss-Kahn

Sensação térmica pode chegar a -20ºC no Rio Grande do Sul neste fim de semana

A “Equação Fox”: candidato+dinheiro+mídia = votos

Prefeito do DEMo quer censurar site de notícias

Um hacker que abala a república

"Nóis pega o peixe e amostra os anzól" - Premêro Facicru [Quarta Fôia]

Da prisão para a presidência

Por que Dilma ama FHC

Igreja Anglicana analisa possibilidade de aceitar bispos gays

Juiz de Goiânia anula outra união estável entre homossexuais

Blogueiro marcado para morrer pede socorro

A Internet, as redes sociais, Rousseau e a Vontade Geral

Propaganda brasileira é acusada de promover pedofilia

Morre Itamar Franco

Bahia - 2 de julho

Direito fundamental de ir e vir

Charge online - Bessinha - # 681

WikiLeaks: General Félix lamentou que ditadura tenha levado sociedade a se preocupar com prisioneiros

Contra AI-5 Digital, deputados lançam consulta pública de Projeto de Lei

Audiência da Globo em junho foi a pior de todos os tempos

Freddie Mercury and Montserrat Caballe

Google lança sua rede social e acirra batalha com Facebook...

Presidenta Dilma recebe lista tríplice para Procuradoria Geral da República

Guarda Municipal não é Polícia

Seja um poliglota na Copa 2014

Charge online - Bessinha - # 680

Presidente do DEM-DF: Não denunciei hacker para não favorecer PT

Jobim, o ego que não cabe nem no ‘metro e noventa’

Coragem não lhe falta, diz presidenta Dilma em mensagem a Hugo Chávez

Projeto que regulamenta TV por assinatura ganha regime de urgência

"Forças ocultas" tentam livrar a cara dos torturadores brasileiros

Strauss-Kahn e o linchamento pela mídia

Brasil será notificado em julho por mais dois crimes da ditadura

Barões da mídia querem pairar acima das leis

Cruzada religiosa combate direitos civis dos gays

Médicos são vítimas do próprio plano que criaram

Chávez: ¡Por ahora y para siempre viviremos y venceremos!

Marta Suplicy desiste de PLC 122

Itamar respira com a ajuda de aparelhos e seu estado é grave, dizem médicos

STF aceita denúncia contra senador tucano por fraude de R$ 6 milhões

Jornalistas sem aumento

Violência policial: advogado de vítima de racismo é ameaçado de morte

Charge online - Bessinha - # 679

Arruda pagou R$ 9 milhões indevidos para jogo da CBF. E Aécio? Pagou quanto?

"Crack, nem pensar": Isto é uma campanha educativa ou um filme de terror?

Os refúgios fiscais como ameaça à democracia

Uma boa pergunta

Dilma queria agora cláusulas sobre qualidade mínima no serviço de banda larga, mas…

E o futuro foi soterrado em uma obra em São Paulo

Para entender Stalin e o “stalinismo”

Violência contra homossexuais

CADE analisa fusão entre Sadia e Rogério Ceni

Yeda pode assumir comando técnico do Grêmio

Kátia Abreu e a obsessão pela presidência

WikiLeaks: Hélio Costa garantiu adoção de padrão dos EUA de rádio digital como “consolação“

Justiça condena Veja por associar islâmicos com terrorismo

Sob risco de se desnacionalizarem, mineiros de Governador Valadares pedem US$ 3.9 bilhões ao BNDES

Casino contra-ataca e compra US$ 1 bi em ações do Pão de Açucar

O passo mais significativo da nacionalização do vestibular

Professor no Maranhão é acusado de racismo contra africano

Charge online - Bessinha - # 678

Kassab segue modelo de Serra e faz distribuição de renda em São Paulo

TJ-RJ não acolhe ação da Rede Globo que queria censurar programa da Record

Paulo Vannuchi comenta a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour

Dinamarca - ainda chegaremos lá!

Encerre sua conta no UOL hoje mesmo

FHC volta a dizer que assinou sem ler decreto de sigilo eterno

A nova orquestra do maestro Minczuk

Brasil alugará Alemanha para a Copa do Mundo

Ao embaixador, Lampreia disse que Celso Amorim “odeia americanos”

Operação da PF em Minas prende parente de Aécio

Da polêmica é que sai a luz

A greve de professores em Santa Catarina

PNBL: Acordo do governo com teles saiu “após governo abrir mão da exigência de metas de qualidade” WTF?!?!

A Universidade e as leis para a comunicação

O crime de apologia como instrumento de censura

O choro do Paulinho…

O que acha de ter um orgasmo a cada 30 minutos?

Colombia: no habrá sexo en un pueblo si no terminan una ruta

"Reinaldo Azevedo e Diego Mainardi são gays e amantes"

Cocaína-Cola

Hacker e Folha violaram e-mails da Dilma durante a campanha de 2010

Myriam Réus - por Celso André

Charge online - Bessinha - # 677

Myrian Rios, Sua Mula!

O vento minuano e o mercado do frio no RS

Charge online - Bessinha - # 676

BNDES financia fusão de Bolsonaro com Myrian Rios

Olimpíadas de inverno: São José dos Ausentes é candidata

STJ nega pedido da Folha contra Secom

A Grécia pode sobreviver? A União Europeia pode sobreviver?

Como se manipula uma noticia

Decreto da presidenta Dilma amplia acesso à saúde com novo modelo de gestão do SUS

Wikileaks: Serra pediu ajuda dos EUA contra o PCC quando era governador

Evolução das mídias sociais em infográfico

O que terão a dizer os inúmeros padres pedófilos da Igreja Católica sobre as declarações de Myrian Rios?

A verdade sobre os “piratas” da Somália

Aberta a CPI do Ecad

Lição de economia: custo nada tem a ver com preço.

A República e os mandamentos do dia

Intelectual marxista, um dirigente revolucionário

Graziano venceu 'golpes baixos' do candidato espanhol, diz Itamaraty

Serra e Barjas Negri devem explicações

Olívio Dutra, o anti-Palocci

Charge online - Bessinha - # 675

Novo campo no pré-sal. E por que a pressa em licitar?

Angola notifica Igreja Mundial por envio ilegal de dinheiro ao Brasil

O pedido de desculpas de Myrian Rios

Cadeia de erros

O que você não leu na mídia sobre Paulo Renato (1945-2011)

Ações libertam 66 de situação de escravidão no Pará e no Acre

Charge do Scabini

Kassab mente sobre seu salário de R$ 20 mil

Sescsp.org.vandalismo.br

Abílio é barrado na sede do Casino, em Paris

Os meninos que ‘fisgam’ barcos vão continuar assim?

#meganao #AI5digital

Com pneumonia grave, Itamar é internado na UTI

Myrian Rios e sua visão de dupla moral sobre a pedofilia

Charlie terá fim trágico em Two and a Half Man

Primeiro casamento gay: a sentença

Demorou: UOL descobre que “custo Brasil” é o lucro.

Suplicy se lança a prefeito e pede prévias. Sem Lula

A dificuldade de discutir temas nacionais

Quanto mais se fuma, maiores são os estragos

Nova propaganda do Subway - Estrelando: Rogério Ceni

Quase 1 em cada 5 domésticas tem empregadas na própria casa

A Revolução das mídias sociais no primeiro semestre de 2011

Por que não fazer de Lula um grande embaixador?

Segurança demo-tucana em Santa Catarina

O "Direito Penal do Amigo do Poder"

Gramadenses comemoram inverno de verdade

O combate à fome

Sérgio Cabral governa estado emprestado por Eike Batista

O jornalismo diante das novas mídias

Notícias do "outro time"

Charge online - Bessinha - # 674

Área Industrial de Guaíba sai do papel

O absurdo caso de racismo e antissemitismo no curso de História da UFRGS

O brasileiro, enfim, sem medo de ser feliz

Um certo Ênio; um Ênio certo! - II

Paulistas comemoram novas tarifas de pedágio

AI-5 Digital volta à pauta

Plano que amplia área agrícola peruana começa a sair do papel

A última exilada

Seminário "Governos de esquerda e progressistas na América Latina e no Caribe

Interior paulista será desafio do PT em 2012

Ministério Público do Maranhão: à imagem e semelhança de Sarney?

Charge online - Bessinha - # 673

Carta aberta para Myrian “Anencéfala” Rios, deputada LGTB-fóbica do PDT-RJ

Assembleia Marxista-Leninista do Reino de Deus

Charge online - Bessinha - # 672

Bispo de Guarulhos vomita machismo

O que as teles não fazem, é a lan house que faz

É inevitável que algum país deixe a Zona do Euro, diz Soros

Eleição de Graziano da Silva reflete reconhecimento das transformações do país

Índio da Costa para vice de Aécio

Um domingo mais alegre na TV

Uma crônica sobre lembranças de uma surra e sua relação com o Direito

Rejuvenescer o PT

O Vírus da Fé 5

Quem ainda paga provedor para banda-larga, à toa?

Zé Dirceu no 2º BlogProg

Neva em três cidades da Serra Catarinense

Parada Gay: estima-se em 4 milhões o número de participantes

Aécim: Não vai nada bem

Todas as brigas de Kassab

Imprensa blinda relações de Aécio Neves com dono da empreiteira Delta

O Itamaraty na época da ditadura

A revolução política no nordeste

István Mészáros: as contradições dos nossos tempos

O novo ciclo da blogosfera

Os Descaminhos da Reforma Política

Novo movimento no Brasil

Comparações

Charge online - Bessinha - # 671

Tufvesson revoltado com declaração de Myrian Rios

Myriam Rios rainha 3i: ignorância, imbecilidade e intolerância

PSDB quer trocar de símbolo: tucano deverá ser substituído por touro

Nota de pesar pelo falecimento de Paulo Renato Souza

Os “hackers cheirosos”

Convocação de Zé Dirceu aos blogueiros

Irmã de Lula é sepultada em São Bernardo

Evento midiático

José Graziano da Silva é o novo diretor geral da FAO

O bondinho é para ser alegria, não um risco

Marina Silva deve anunciar saída do PV na terça-feira

Infarto mata tucano Paulo Renato

Michael Jackson

Documentário - Cortina de Fumaça

Não há 'nenhuma hipótese' de Lula voltar em 2014, diz Gilberto Carvalho

RR Soares em uma sinuca de bico...

O Partido Nazista e o Brasil

Bill Haley

Nossos comerciais, por favor!

Quem disse que margarina não é saudável?

INSS encontra índia de 120 anos no Acre que seria a mulher mais velha do mundo

Manipulação do PIG é notória

Feliz com o celular da BrOi? Espere pela banda larga

O governo e os limites da banda larga

Depoimento de Raul Pont

A falsa paternidade de FHC

Charge online - Bessinha - # 670

O Vírus da Fé 4

A Cabana do Pai de Tomás

Hackers invadem guarda-roupa de Faustão

Jesus quita dívida de R$ 18 mil

Lauro Jardim recua

Nota oficial da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann

Charge online - Bessinha - # 669

Colégios autoritários

A Arte da Traição

Erros da imprensa no caso PC Farias

Arturo Toscanini

O Vírus da Fé 3

Foi queima de arquivo

Los Nadies / Os Ninguéns

Columbo morreu!

Charge online - Bessinha - # 668

Cabral, seu secretário de Saúde e prefeito do Rio são alvos de suspeitas por desvio de recursos

Fogo Amigo!

FHC convida ministros do STF para um luau

Encontro de Blogueiros visto da Europa

Política africana do governo Lula

Maria Frô

Jornal paulista provoca o Corinthians

José Dirceu - 2º BlogProg

Dep. Emiliano José - 2º BlogProg

Dep. Paulo Teixeira - 2º BlogProg

SC: Educação demotucana: do discurso à prática

“A geopolítica angloamericana”

@LulzSecBrazil o "cracker" desmascarado #PigLeaks

Charge online - Bessinha - # 667

Tiririca dá aula para o tucano paranaense Beto Richa

Por um Rio Grande do Sul sem miséria

Manifesto contra a censura e pela liberdade de expressão


Manifesto contra a censura e pela liberdade de expressão
Porto Alegre, 02 de agosto de 2011
Eu, Antonio Carlos Crocco, nome artístico Tonho Crocco, Brasileiro e morador da cidade de Porto Alegre/RS estou sendo processado por intermédio de uma ação no Ministério Público encaminhada em nome do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul e atual Deputado Federal do PDT GIOVANI CHERINI por crimes contra a HONRA.
A audiência preliminar acontece no dia 22 de agosto de 2011, segunda-feira às 15h no Foro Central de Porto Alegre/RS.
Explicando a situação:
No dia 21 de dezembro de 2010, 36 deputados estaduais votaram a favor do aumento de 73% de seus próprios salários.
O substituto do Projeto de Lei 352/2010, elevou o salário dos parlamentares de R$ 11.564,76 para R$ 20.042,34.
Em menos de 24h consegui compor e gravar o vídeo protesto "Gangue da Matriz" que já recebeu mais de 37 mil visualizações no Youtube e está a disposição para download no www.tonhocrocco.com
A assembleia, representada na época pelo Deputado GIOVANI CHERINI encaminhou ao Ministério Público representação de ilicitude, pedindo providências, na qual fui intimado e indiciado por CRIMES CONTRA A HONRA.
O artigo 138, 139 e 140 do código penal prevê pena de 1 mês a 2 anos de detenção.
Não seria esta ação uma forma de censura à liberdade de expressão?
Não estaria o excelentíssimo Deputado ou a quem ele representou agindo de forma truculenta?
Estaríamos retrocedendo aos tempos da ditadura?
Será mesmo que estamos numa democracia?
Meu verdadeiro temor é que se abra um precedente coibindo as manifestação políticas; principalmente aquelas que usam de vias pacíficas e da ARTE como forma de expressão.
Gostaria de contar com o apoio e mobilização dos que concordam com esta filosofia. Não apenas a classe artística e sim de todas pessoas que compartilham esta visão.
Repasse e divulgue este manifesto.
Envie sua mensagem para contato@tonhocrocco.com ou www.twitter.com/tonhocrocco que divulgaremos no site e em todas as redes sociais.
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